Espetáculo “Saudade É Uma Brecha No Vazio Do Tempo” entra em sua última semana em cartaz na capital paulista

Por Dalton Assis

O mundo sempre esteve em constante mudanças, mas de 2 anos para cá elas se tornaram ainda mais latentes e velozes. A vida mudou, as relações humanas também, e o mundo pós-pandêmico nos trouxe a seguinte reflexão: O que queremos e o que realmente é importante em nossa vida ?

São estes e outros questionamentos que a peça “Saudade É Uma Brecha No Vazio Do Tempo” busca despertar na platéia. Apresentada pela DNA Produções Artísticas, com texto de Clóvys Tôrres, direção de Fernando Nitsch e direção musical de Sérvulo Augusto, a peça é uma poesia cênica e estará em seu último final de semana em cartaz no Teatro Viradalata no bairro do Sumaré, zona oeste de São Paulo.

Nesta obra inédita,o amor é o fio condutor que deve levar o público a momentos de emoção e, principalmente, identificação. Segundo o autor, a dramaturgia idealizada junto com a atriz Daíse Amaral, levará a plateia a refletir o que de fato é valioso em nossas vidas? 

“Meu encontro com a Daíse vem muito nessa intenção de falar sobre amor, sobre as narrativas que construímos ou interrompemos. Falamos de amores, de escolhas, de mortes, como reorganizar a vida com as perdas amorosas e de escolhas da vida. Tenho certeza que o público irá se emocionar”, comenta Clóvys.

Sobre a Peça

Na narrativa, Clóvys aparece como um condutor da descoberta de uma nova possibilidade de amar, que envolve os personagens representados por Daíse e Roger. Na energia do feminino, a atriz tenta resgatar as lembranças para ressignificar o amor. Já Roger surge como a energia masculina, que dá o suporte para ela reviver as histórias e prepará-la para o novo momento.

Como se estivessem enferrujados e saltassem para despertar o público à vida e fazê-lo rememorar as histórias, os personagens contam com a magia dos sons, imagens, luzes e músicas para tornar a obra sensorial. Envolvido, o público será provocado a pensar, ouvir e recriar as próprias memórias.

A peça não tem uma condução linear nem trajetória de realismo, além de não se limitar a um público alvo em termos de idade. Quem for assistir será abastecido com imagens e poesia e terá a oportunidade de criar a própria narrativa para fechar a história. Explica Fernando Nitsch, diretor da obra.

“São personagens que estão presos em um limbo atemporal e vão tentando descobrir neles uma nova possibilidade de existir. É uma peça que engloba questões universais, nossos fantasmas em relação aos grandes amores. Do ponto de vista psicanalítico, todo mundo já viveu um grande amor, então, o público é amplo”, avalia Nitsch

A coordenadora da produção e também atriz Daíse Amaral, relembra que a peça começou a ser construída em 2018, porém com a parada dos espetáculos em decorrência da pandemia  o projeto foi retomado em janeiro de 2022 e marca a volta aos palcos dos atores.

“Na pandemia, com todo momento de parar, refletir, ver o que era o principal para a gente, achamos importante falar sobre amor. No momento de prisão da pandemia, tivemos de buscar nossas memórias. Então, surgiu a vontade de falar sobre o que realmente importa, sobre amor, memórias e passagem do tempo”, comenta Daíse, que reforça o poder de experiência que a peça provocará no público, por não ter uma lógica pré-determinada.

SINOPSE

Que memória você guarda do amor? Um espaço guardado no tempo, olhos que espiam dentro da alma. Um vazio abarrotado de lembranças, imagens, desejos.

Os atores Daíse Amaral, Clóvys Tôrres e Roger Rodrigues viajam ao subconsciente, através da poesia. Um sonho! Um tempo de memórias numa experiência sensorial que desperta no espectador novas narrativas e construções imagéticas e emocionais.

Saudade é uma brecha no vazio do tempo” está em cartaz no :

Teatro Viradalata – Rua Apinajés 1387 – Sumaré – SP

Horários: Sábados às 20h30 e domingos às 19h

Ingressos: R$ 60 –  Adquira através do Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/74622

Duração: 50 minutos 

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