Por Dalton Assis 

Chega às telas dos cinemas brasileiro na próxima semana, dia 23 de fevereiro, o filme de terror espanhol 13 Exorcismos. Baseado em fatos reais, o longa é inspirado nos casos de exorcismo documentados na Espanha.

Após uma festa de halloween, quatro jovens visitam uma casa abandonada para invocar espíritos. E a partir daí,  fenômenos paranormais começam a assombrar a adolescente Laura Villegas – interpretada por María Romanillos. Além disso, diversas presenças sombrias, visões aterrorizantes, vozes sinistras e marcas dolorosas começam a aparecer em pele a todo momento. 

Preocupados com o comportamento estranho da jovem, sua família chama um exorcista sancionado pelo Vaticano para intervir no caso de possessão demoníaca. Para salvar Laura e libertá-la, e então o  Padre Olmedo (José Sacristán)  terá que realizar diversas sessões de exorcismos, cada um mais aterrorizante e sinistro que o outro.

Com direção de Jacobo Martínez, o filme estrelado por María Romanillos e José Sacristán conta também com Ruth Díaz e Urko Olazabal no elenco.

Crítica sobre 13 EXORCISMOS

Confesso que o gênero terror não é um dos meus favoritos. Aliás, cheguei a cogitar em declinar do convite da  pré-estreia para imprensa, mas avaliei melhor e fui. Então, vamos à crítica do filme..

O enredo em si é razoável, possui algumas cenas com sons perturbadores e uma trama psicológica até que legal, mas se tu te distraíres em algum momento  é capaz que tome um susto de leve. Eu, por exemplo, cheguei a virar o rosto em duas cenas (risos),um tanto desconfortante para mim, mas nada que o diga “nossa que aterrorizante” como nos filmes da franquia “Jogos Mortais” do qual a trama exige muito sangue frio e estômago forte para assisti-lo.

Mas, sendo bem sincero, sai da sessão um tanto decepcionado, esperava um pouco mais, sei lá algo mais agitado, que garantisse, suspiros de tensão ou sustos maiores, pois se tu vais assistir um filme de terror, assusta-se faz parte do pacote não é mesmo ?  Mas, isso não aconteceu.

Pois em muitos momentos a trama perde um pouco a mão do gênero de terror e passa mais para o discurso entre religião e a ciência com o fanatismo religioso da mãe de Laura, uma filha adolescente altamente reprimida pelos desejos carnais, comum nesta faixa etária da vida e por conta disso, sofre severos abusos físicos e psicológicos por parte de sua família e para completar a história, uma psicóloga ateia que busca o tempo todo provar que a menina não sofre nenhuma possessão demoníaca e sim problemas psicológicos e perturbações mentais. 

Enfim, tenho a triste impressão de que as produtoras de cinemas deste gênero não fazem mais filmes de terror como antes. Daqueles que davam medo, dificuldade para dormir à noite e até pesadelos, sabe? As pessoas com mais de 35 anos vão entender o que estou falando. Parece que as produtoras em si  perderam um pouco o jeito de fazerem filmes de terror e hoje produzem aqueles roteiros básicos, mais do mesmo e colocam para rodar sem a menor preocupação se a trama vai de fato prender a atenção do público. E o resultado é sempre o mesmo, vamos ao cinema com a expectativa de nos surpreender e saímos com a sessão com a sensação do “poderia ter sido melhor”.

Confira o trailer oficial abaixo