Universidade Zumbi dos Palmares lançam 1º Fórum de Cidades Climáticas e Ambientais em São Paulo

Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima - Crédito Divulgação Universidade Zumbi dos Palmares.

Por Redação AC News

A Universidade Zumbi dos Palmares, foi palco na última quarta-feira (26), na cidade de São Paulo, da 1º edição do Fórum Super Cidades Educadoras, Ambientais, Climáticas e Antirracistas. O evento contou com a parceria do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e apoio das Secretarias Municipais de Mudanças Climáticas e de Educação e teve como objetivo ampliar a educação ambiental e empoderar a sociedade civil para prevenir e minimizar os impactos climáticos e erradicar o racismo ambiental.

O Fórum contou com a presença de ilustres nomes como a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, André Previato, coordenador da Secretaria Municipal de Mudanças Climáticas, Malde Vilas Bôas, secretária Executiva da Secretaria Municipal de Educação e do reitor da UniPalmares, Dr. José Vicente.

Dr. José Vicente, Reitor da UniPalmares – Crédito – Divulgação Universidade Zumbi dos Palmares

Durante o Fórum SuperCidade, foi apresentado o painel A Justiça Climática como Ferramenta de Desconstrução do Racismo Ambiental. Doi qual o reitor comentou; “O Fórum é uma ação inovadora e histórica construída de modo integrado com os mais diversos parceiros e aliados. O meio ambiente precisa ser de todos. Estamos completando 25 anos do programa nacional de educação ambiental com muitas conquistas, mas agora os desafios são ainda maiores”

Vicente ainda afirmou que as instituições de ensino e produção de conhecimento precisam ter papel ativo em um mundo que já sofre com os extremos climáticos. “A gente precisa garantir a integridade das pessoas e dos patrimônios. Só iremos vencer se estivermos juntos e qualificados para ajudar. As desigualdades de toda natureza, sobretudo a desigualdade racial, colocam essa população como a mais impactada pelos extremos climáticos. É na periferia que está esse público, que tem cor e raça, onde o poder público não chega ou, quando chega, chega atrasado e sem conseguir evitar os danos”.

Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, sentiu-se honrada em participar de uma iniciativa tão relevante: “O Fórum SuperCidade é uma visão antecipatória da Universidade Zumbi dos Palmares. Todos temos que ser sustentabilistas, ou estaremos comprometendo o futuro do planeta. Temos que transformar o modelo sustentável de desenvolvimento que temos e criar sistemas de alertas para avisar a população dos riscos para salvar as formas de vida. O contexto não pode nos paralisar. O desafio é grande, mas podemos fazer muitas coisas”

Marina Silva, também, alertou que: “Não podemos deixar os negacionistas comprometerem o nosso futuro. Se tivermos uma sociedade consciente e preparada para cobrar dos governos e das empresas, vamos conseguir fazer esse enfrentamento que já deveríamos ter feito há 40 anos, como nos alertou a ciência. Não podemos ignorar o que as universidades estão produzindo nas mais diversas áreas. Temos que chegar a desmatamento zero para que a terra não continue aquecendo e termos um futuro de esperança e prosperidade. O nosso maior ativo é o clima. Temos que fazer a gestão do risco, não do desastre”.

O Fórum SuperCidades Educadoras, Ambientais, Climáticas e Antirracistas lançou o programa Brigada Climáticos, que conecta um conjunto de medidas práticas para empoderar as comunidades no enfrentamento das mudanças do clima. A comunidade Parque do Gato, na região central norte da cidade, é a primeira a integrar o projeto que conta com uma Estação de Monitoramento e Prevenção Ambiental e Climática, canais de comunicação direta, distribuição de coletes salva-vidas para os moradores, um automóvel, um jet-sky, um barco e um triciclo identificados para serem utilizados durante as emergências no local. 

Equipe da Brigada Climáticos do Parque do Gato – SP – Crédito – Divulgação Universidade Zumbi dos Palmares.

A primeira equipe da Brigada Climáticos é formada por 10 jovens da comunidade Parque do Gato, 3 enfermeiras e 10 bombeiros profissionais voluntários responsáveis pelas ações e capacitação dos jovens para realizarem os primeiros socorros durante uma emergência, como resgates de pessoas e animais, aferição de pressão durante calor extremo, identificação de pontos sensíveis na comunidade e de pessoas vulneráveis. “Queremos replicar esse modelo em outras cidades, nas escolas”, pontuou o reitor José Vicente.

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