O setor de viagens corporativas registra mais um recorde de um recorde de faturamento em 2025. É o que aponta os dados do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), realizado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).
De acordo com o LVC, o setor movimentou R$ 12,5 bilhões em maio. Este faturamento representa um crescimento de 8,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O valor acumulado no decorrer dos cinco primeiros meses de 2025 também atingiu uma marca histórica. Com base no levantamento, os gastos com viagens corporativas somaram R$ 57,9 bilhões. Este montante é 7,9% maior do que o total registrado no mesmo período de 2024, que foi de R$ 53,6 bilhões.


“O IBC-Br, que é uma prévia do PIB, apontou um crescimento na economia brasileira de 0,25% no mês de maio. Esse fator é favorável para que empresas tenham ainda mais condições de investir em passagens aéreas, hospedagens e locações de veículos para congressos, visitas técnicas, feiras e encontros com clientes”. Explica a diretora executiva da Alagev, Luana Nogueira.
A redução da tarifa média no preço das passagens aéreas também é um indicador que contribuiu para que houvesse uma melhor eficiência nos gastos das empresas. “Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) mostram que os preços das passagens sofreram uma redução de 3,5% no mês de maio, em comparação com o mesmo período de 2024. Isso abre portas para o aumento da frequência de deslocamentos corporativos”, destaca a diretora executiva.

Já o crescimento nas tarifas de hospedagens, somadas às altas demandas de estadia, também impulsionou o faturamento do mercado. Dados divulgados pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) mostram que o preço médio das estadias cresceu 9,3% em todo Brasil. No que diz respeito à média de ocupação em todo o território nacional, o fórum apresenta uma estatística de 5,3%.
Projeção para os próximos meses
Segundo Luana Nogueira, as expectativas para os próximos meses segue otimista, “O mercado permanece aquecido, com altos índices de investimentos das empresas em viagens corporativas”. Mas a executiva aponta um alerta. “O tarifaço imposto pelo atual presidente norte-americano Donald Trump afetará, em algum grau, a economia brasileira. Isso pode ocasionar em um resfriamento das movimentações líquidas do setor”.
Mesmo assim, Luana acredita que o mercado atingirá novos recordes históricos nos próximos meses. “Trata-se de um tipo de gasto relevante e, em geral, recorrente por parte das empresas, que beneficia os empresários do turismo’’, finaliza.
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