Começa nesta sexta-feira, (11) e segue até o dia 13 de julho (domingo) o 26ª Festival do Japão 2025. Nesta edição mais que especial, celebra-se os 130 anos do Tratado de Amizade entre Brasil e Japão, que inaugurou uma relação construída com base no respeito e na troca entre os povos.

O evento será realizado no centro de exposição no São Paulo Expo, zona sul da capital paulista, e contará com uma programação inclusiva, intergeracional e plural, pensada para acolher diferentes públicos e valorizar a ancestralidade em diálogo com o presente. Como já é tradição, um  grande time de voluntários atuará com um propósito comum: fortalecer os laços culturais e promover experiências que conectam tradição e atualidade.

Gastronomia, tradição e cultura 

Um dos grandes destaques deste festival é sem dúvida a gastronomia. Com dezenas de estandes coordenados por associações de províncias japonesas, o espaço apresenta receitas autênticas passadas por gerações. “Cada prato conta uma história de família, de província e de afeto”, explica o coordenador da área, Mauro Tada.

As apresentações culturais, também estarão fortemente presente em todo o festival, logo na entrada, o público será recebido pelo Bon’Odori, dança coletiva que representa a espiritualidade e o senso de comunidade nos festivais japoneses. Guiados pelo som dos taikos e pelos cantos do estilo min’yō, visitantes de todas as idades se unem em um círculo onde passado e presente dançam juntos. “É um momento de união que emociona e acolhe”, diz Vinicius Sadao, que divide a coordenação da área com Tatsuaki Iida.

Demonstrações de arte como origami, sumi-ê, mizuhiki, shodô, sashiko, pixel art e kumihimo ao vivo, que dão vida a técnicas ancestrais, promoverão uma experiência sensorial guiada por artistas de referência. “Queremos que o público sinta a arte na pele, nas mãos e no coração”, resume Thais Kato, coordenadora da área de artes japonesas.

Atrações paralelas 

Em paralelo com o Festival, o Mini Auditório reúnirá mais de 20 palestras com especialistas de instituições como JICA, Ajinomoto, Hospital Nipo e Instituto Invel, em temas que vão de intercâmbio e saúde até cultura de paz e inovação. “Criamos um ponto de diálogo entre tradição e atualidade”, observa Denise Sugiyama, coordenadora da programação.

A juventude também encontra um espaço de protagonismo com projetos como o Akibaspace, o Akiba Cosplay e o tradicional Miss Nikkey Brasil. De painéis com influenciadores e artistas independentes a concursos de cosplay e desfiles de moda japonesa, essas áreas são um reflexo da vitalidade e da criatividade da geração Z, que dialoga com a tradição por meio da cultura pop. “É uma forma de conexão que respeita o passado e olha para o futuro”, comenta o coordenador dessas amplas e expressivas áreas, Kendi Yamai.

Para o público infantil, a Área da Criança se mantém como um dos espaços mais afetivos do evento, com experiências sensoriais que aproximam as novas gerações da cultura japonesa de forma lúdica, educativa e acolhedora. “É uma herança afetiva que atravessa gerações”, define o coordenador Alexandre Takashi. Milton Nakabayashi e Juliana Ohashi também lideram a área.

Espaço Longevidade 60+

O Festival do Japão contará com o Espaço Longevidade, dedicado ao tempo e às relações entre gerações, no qual oferecerá oficinas, serviços gratuitos de saúde, jogos tradicionais e rodas de conversa, com foco na qualidade de vida e no bem-estar do público 60+. “No Japão, o respeito ao idoso é mais do que um valor: é uma honra”, destaca William Maki Suzuki, responsável pela área.

Espaços Culturais

Na Alameda Literária, autores e autoras descendentes de asiáticos compartilham suas narrativas com o público em sessões de autógrafos e bate-papos. “Buscamos obras que compartilham vivências, memórias e olhares sobre identidade, pertencimento e representatividade”, relatam os curadores Paula Cabral e Victor Okada.

O Palco Principal do Festival do Japão 2025 reúnirá 52 atrações em uma programação que equilibra tradição e contemporaneidade. Ao longo dos três dias, os destaques incluem os cantores Zenkyo Ogawa e Keiko Yoshimura, a banda NerdChore, o Concurso de Desenho Nipo-Brasileiro, além de danças, taiko e artes marciais. “A programação é montada como um grande mosaico que representa a pluralidade da cultura japonesa”, destaca Rodrigo Hiroaki Kawashita, coordenador da área.

Outra marca do evento é a recepção calorosa às caravanas vindas de diferentes regiões do Brasil. Em 2025, cerca de 60 grupos devem participar da programação, com direito a isenção de ingresso para aqueles que percorrem mais de 400 km. “Nosso objetivo é que todos se sintam bem recebidos e aproveitem o festival com tranquilidade e segurança”, afirma Jully Yano, responsável pela coordenação. 

Ao reunir cultura, entretenimento e oportunidades únicas de vivência, o Festival do Japão 2025 se apresenta como uma plataforma estratégica de aproximação entre o Brasil e o Japão. O evento movimenta turismo, negócios, mídia e conexões reais, em um ambiente pensado para encantar públicos de todas as idades. Uma vitrine que celebra a tradição, acolhe o presente e projeta o futuro.